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Karina Ab

A hora da verdade

No dia seguinte, depois da aula, eu vi o Miguel no mercado. Ele não me viu, mas só o fato de eu estar vendo ele já compensava. Ele ficou andando no mercado, como se estivesse passeando, sem nenhum objetivo. Enquanto eu o seguia disfarçadamente, a rádio começou tocar uma música. O nome era "Vou me declarar",  e o refrão dizia: "Vou mandar pintar a rua, o seu nome desenhar, mandar flores e torpedos, te levar pra passear". Já esperei tempo demais. Tá na hora de me declarar!
Quando cheguei em casa, fiquei horas bolando meu plano. Eram nove horas da noite, eu mandei um torpedo  dizendo: "Vá até a escola, rápido". Na entrada eu coloquei um bilhete: "Responda meu torpedo, vou dizer aonde você tem que ir". Ele enviou um torpedo: "Espero que não seja mais uma peça". Depois de eu indicar o destino, ele chegou em um terreno abandonado, onde estava escrito "Miguel, eu te amo. Ass.: Estela" Então eu mandei outro torpedo: "Agora já pode voltar pra casa".
Quando ele chegou, eu estava à porta de sua casa. "Surpresa, Miguel!". Ele olhou pra mim, ele parecia pensativo. "Agora tudo faz sentido". Ele me olhou com um sorriso: "Agora sei porque porque tanta curiosidade. Nesse momento me sinto livre para te contar a minha verdadeira história". Naquele momento, eu me calei, pois queria ouvir cada palavra, então ele começou: "Minha vida sempre foi diferente da dos outros. Minha infância durou muito pouco. Com sete anos, eu vi uma coisa que nenhuma criança deveria ver... Tudo começou quando eu estava brincando no meu quarto, com meus brinquedos... De repente eu ouvi um barulho estranho. Eu fui com cuidado até a sala de estar, vi algumas pessoas vestidas de preto, não consegui ver os rostos pois estavam cobertos. Na verdade eram dois sujeitos. Depois que eles entraram, um deles puxou uma faca. Os dois jogaram meus pais no chão e os mataram. Eu comecei a chorar. Um deles se aproximou e disse que um dia eu entenderia porque eles fizeram aquilo.Depois que eles foram embora, eu fui correndo para a casa do Erick. Contei o que aconteceu para a mãe dele, chorando. Aquele foi o pior dia da minha vida. Ver meus pais morrendo bem na minha frente... Com 15, a mãe do Erick deixou eu voltar pra minha casa. Os corpos não estavam mais lá. Até hoje tento descobrir quem fez aquilo e por quê". Naquela hora, eu fiquei pensando: Como alguém poderia ser tão cruel?
Depois de ouvir a história, eu estava totalmente disposta a ajudá-lo a descobrir quem foram aqueles seres sem coração que fizeram aquela barbaridade

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